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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
OLHEM TODA ESSA GENTE SOLITÁRIA...
OLHEM TODA ESSA GENTE SOLITÁRIA...
Eleanor Rigby é a história de uma senhora inglesa que tinha por hábito ou prazer comparecer a todos os eventos sociais de sua localidade. Houvesse um velório, um casamento, aniversário ou algo parecido ali estava essa mulher para compartilhar seu sorriso, sua presença, sua amizade. Esta era a sua vida; a sua razão de viver. Um dia Eleanor morreu e de forma surpreendente ninguém, mas ninguém mesmo compareceu ao seu velório. Acreditam?
Pois é, creio que você já ouviu essa história antes, e qualquer semelhança não é mera coincidência. Afinal a história permanece e apenas os personagens mudam. Essa pode ser a estória do seu pastor, do seu líder, de um amigo, irmão ou parente; ESTA PODE ATÉ SER A SUA HISTÓRIA!
Basta dar uma “olhada” ao redor para ver uma multidão de gente solitária. Elas fazem parte do cenário, do dia a dia, e por ser isso tão cotidiano talvez já nem chame mais a atenção daqueles que passam apressadamente. Conosco (cristãos) não é diferente e os solitários também povoam o nosso “mundo evangélico”. Pessoas que antes tiveram um ministério brilhante e bem-sucedido. Irmãos e irmãs que tinham sempre uma palavra de encorajamento, um sorriso amigável, um ombro amigo onde pudéssemos chorar, uma pregação abençoada, um conselho; Pessoas que se doaram, que dividiram o que tinham, compartilhando tempo ou talento para abençoar alguém, num piscar de olhos sumiram e se distanciaram de vez. Como na estória de Eleanor, um “belo” dia partiram, recolhendo-se em seus quartos ou cavernas como Elias, não querendo mais saber de nada e muitas vezes nem mesmo de Deus. Pessoas que num momento de crise, e ela chega, quando mais esperaram por uma atitude de amor, pois quem supre também necessita, voltaram com as mãos vazias; aquelas mesmas mãos que tanto abençoaram. Por não ter o que falar, usamos de frases “espirituais” de pára-choque de caminhão para catalogar essas pessoas: Elas não querem nada com Deus! Dizemos. Perderam a visão da obra! Ah! Como é fácil rotular meu irmão. O difícil mesmo é se envolver; é gastar tempo; é ouvir; é orar junto e demonstrar amor.
O nosso mundo evangélico está cheio de gente solitária e o mais “engraçado” em tudo isso é que não são pessoas chamadas “comuns”, mas gente ativa que sempre se engajou na obra de Deus. Você mesmo talvez seja parte desta triste estatística. A questão é que fica difícil de detectar os solitários nas igrejas apinhadas de gente, disputando cargos e ministérios. No mais precisamos ser fortes e calar o choro. O mundo gosta de gente assim; que não se fragiliza, que não se dobra nem se humilha, e como líderes precisamos sempre estar impecáveis mesmo que com maquiagem pesada.
Hoje, precisamos reaprender a arte da convivência. Deus nos chamou para isso e essa é a “melhor parte”. O fato é que desconhecemos o nosso duplo ministério: alcançar os perdidos sem, contudo perder o contato com os alcançados, nossos parceiros, a nossa família de Deus. A Bíblia chama essa comunhão ou convivência de “boa e agradável” diante de Deus que sempre se alegra em ver os Seus filhos se ajudando, compartilhando fardos, cargas pesadas ou até mesmo leves. Infelizmente existe um “espírito” de Caim sempre se intrometendo entre nós dizendo: ”Acaso sou eu o guardador de meu irmão?” O antídoto e contrafeito para isso é o espírito de José que diz: “estou á procura de meus irmãos”.
A música dos Beatles “Eleanor Rigby” insiste com a pergunta: “De onde vem toda essa gente solitária?” Olhando pelo nosso ângulo não fica difícil responder: Essa gente, a nossa gente solitária, vem dos incontáveis relacionamentos quebrados, vem do desamor, da disputa, da desilusão com um líder, da contramão dos princípios e ensinamentos cristãos; vêm da falta de paciência ou tolerância, da corrida desenfreada a que nos submetemos para alcançar o “sucesso” ministerial, para dar conta da pesada cota que nós é exigida de resultados. Nessa corrida quase sempre atropelamos aqueles que se encontram em nosso caminho. O dano maior, entretanto, não é o “atropelar”, mas o não prestar socorro ás vítimas. Fugimos desesperados do local, deixando-as para trás caídas e sangrando, para mais à frente atropelar outros.
Os relacionamentos com Deus, conosco mesmos e com o nosso próximo são o tema central da Bíblia e não as estratégias ou meios de se realizar. Deus decidiu nos amar e relacionar-se conosco. Contudo, como igreja, temos crescido desordenadamente. Aprendemos muitas técnicas e “jeitos” novos de se fazer isso ou aquilo, mas ainda temos uma longa caminhada quanto se trata de relacionar.
A solidão, dizem os especialistas, é a doença do nosso século. O individualismo também. Doenças precisam ser tratadas e curadas. O remédio para isso nós conhecemos muito bem. Entretanto ele só produz o resultado esperado se aplicado corretamente.
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3 comentários:
Eu sei bem o que é isso. Depois que saí de BH e vim pra Brasilia, senti - e sinto - isso na pele. Poucos amigos, amigos mesmo, de verdade. Ai de mim se não fosse a Palavra... e a internet.
Marcinho, seu blog tá show de bola hein!
Muito legal mesmo, que Deus continue abençoando.
Pois é Georges, como você muitos outros também já compartilharam comigo da mesma dor.Obrigado.
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