
Mais uma tragédia se abate sobre o Haiti. Considerada a nação ocidental mais pobre do planeta o Haiti (em francês Haïti; no crioulo haitiano Ayiti) é um país das Caraíbas que ocupa o terço ocidental da ilha Hispaniola, possuindo uma das duas fronteiras terrestres das Caraíbas, a fronteira que faz com a República Dominicana, a leste. Além desta fronteira, os territórios mais próximos são as Bahamas e Cuba a noroeste, Turks e Caicos a norte, e Navassa a sudoeste. A capital é Porto Príncipe Wikipedia).
Um terremoto de 7 graus na escala Richter sacudiu esta nação na última terça-feira. Entre os mortos estão 12 brasileiros, incluindo a fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns. Segundo a Cruz Vermelha, 3 milhões de pessoas foram afetadas pela catástrofe.
Situações catastróficas sobre o Haiti não são novidades. O país vive em meio a um caos político e social. Questões como as guerras civis, as rebeliões tribais, a pobreza extrema exibindo crianças comendo biscoitos feitos de barro, a falta de água potável, a destruição das áreas verdes transformadas em verdadeiros desertos, e pior ainda, a condição espiritual do país, onde os líderes entregaram a nação ao próprio diabo, as práticas do "Vodu" e a pequena presença evangélica, resistindo a tudo e a todos para deixar brilhar a sua "ainda que pequena" luz, fazem parte do dia a dia.
Mas o que tudo isso tem a ver conosco e o nosso lindo país tropical? O Brasil há algum tempo lidera as forças da ONU no Haiti e tem feito o seu trabalho. O futebol brasileiro é amado e imitado naquela nação, que demonstrou seu amor aos nossos craques de forma quase incontrolável quando a seleção brasileira fez um jogo na capital Porto Príncipe em 2004 contra a seleção local. Várias entidades sociais e culturais do Brasil também têm exercido influência naquela nação, levando um pouco do que possuem para amenizar a dor de um povo sofrido. Mas e quanto a nós, cristãos evangélicos? Qual tem sido a nossa contribuição? Pequena, se comparada a outras. Podemos e temos por obrigação fazer mais. O Haiti é um "quase" vizinho e se estamos presentes lá em outros setores, não é por falta de oportunidade que a igreja brasisleira ainda não "adotou" o Haiti. O que será então que nos falta? Creio que a palavra certa é "obediência". Se Deus abriu as portas para os militares, os atletas e artistas, com certeza ela está muito mais aberta para nós, que temos soluções para a raiz do problema haitiano e não somente os paliativos.
Por que Deus permitiu essa catástrofe sobre uma nação já tão castigada eu não sei ao certo, mas posso imaginar. Pelo menos posso contabilizar o efeito que ela causou sobre mim. Senti-me envergonhado por me importar tão pouco; Por esperar que algo fosse mostrado ao vivo e em cores para só então me posicionar; Por negligenciar ou mesmo desobedecer a ordem expressa daquele que disse: "Ide e fazei discípulos de todas as nações."
Talvez daqui umas poucas semanas ninguém se lembre mais do Haiti. Afinal aí vem atrativos maiores como o ano eleitoral, a copa do mundo na África do Sul ou o Rock In Rio. Aconteceu assim com a Indonésia, com o Sri Lanka, com o Irã, o Iraque e outras nações devastadas pelos terremotos, as guerras e os tsunamis da vida.É sempre assim e não foi diferente com o profeta Ezequiel que precisou ser levado para o meio de um "vale de ossos secos" para melhor observar a realidade em que as pessoas viviam. Se estivéssemos agora no Haiti, talvez nunca mais esqueceríamos as cenas locais, os cheiros, os corpos, os lamentos.... e assim poderíamos deixar de lado, pelo menos por hora, os nossos "probleminhas" e estender as mãos. Por sinal, você sabe quantos morreram lá? Quantos foram feridos? Quantos vão continuar feridos para sempre na alma? Eu também não, mas acho melhor saber.

1 comentários:
Muito bom papai
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