quinta-feira, 18 de março de 2010

GERANDO FILHOS PARA DEUS

GERANDO FILHOS PARA DEUS

“Ela, pois, com amargura de alma, orou ao Senhor e chorou abundantemente” ( I Samuel 1:10)

A história de Ana nos comove ainda hoje. Apesar de ser breve o seu relato, fala alto por sua densidade e firmeza de propósito. “Tu conservarás em paz aquele cujo propósito é firme porque ele confia em ti” nos diz a palavra.

Ela era a determinação em pessoa. Sabia o que queria e não iria desistir custasse o que custasse. Mas será que somente a perseverança atinge tais objetivos. Não creio. Havia também em Ana uma fé que age para Deus. Uma fé não mental, mas ativa e viva. Ana conhecia o momento em que vivia. Sabia da transição em que a nação vinha passando; que a era dos Juízes estava por terminar e que um novo tempo iria nascer para o seu país.

Ana queria um filho. Não para si como muitos pensam, mas para o seu Senhor (v. 11) Sabia que alguém útil nas mãos Dele teria que ser levantado naqueles dias, e por isso oferecia o seu próprio útero para gerá-lo. Ah! Como precisamos de Anas nestes nossos turbulentos dias de tanta esterilidade espiritual. De tantos que reivindicam serem líderes e servos do Senhor quando na verdade não o são. Precisamos de líderes, e precisa ser hoje; não dá mais para ficar esperando. O mundo necessita deles. Não daquele tipo comum, estereotipado, mas daqueles segundo o coração de Deus. Homens e mulheres que se levantem com autoridade e poder em nome do Senhor.

Ana chorava e com amargura de alma. Esta é a melhor expressão para definir aqueles que geram para Deus. O Apóstolo Paulo nos fala de dores de parto ao se referir ao modo como seus discípulos foram formados. Ana, a princípio simplesmente chorava a sua dor como muitos de nós, mas se olharmos mais profundo, mesmo com os olhos da fé, veremos que ela chorava na verdade a dor de toda uma nação. Ana não chorava para si.

Ela orava, mas era uma oração sem palavras. Apenas balbuciava coisas desconexas, sem som, muda ali no seu canto. Mal compreendida e tomada por embriagada até pelo próprio sacerdote Eli, que na verdade era quem deveria estar ali no seu lugar, gerando filhos obedientes e arrependidos para Deus, com suas orações intercessoras. Na verdade Eli não a compreendia porque havia falhado na tarefa de gerar e conduzir os seus filhos, Hofni e Finéias, chamados de filhos de Belial, nos caminhos do Senhor. Ana orava com o coração.

Muitas vezes somos também incompreendidos até pelos homens de Deus; pelos mais espirituais, que por reivindicarem serem santos deveriam entender a dor dos outros; dos menores, dos menos favorecidos. Como fruto daquele lamento, daquela triste melodia sem palavras, soando meio desafinada pela dor e as lágrimas em acordes não muito bonitos, veio Samuel, juiz e profeta de Deus: Homem valoroso e chave para o seu tempo.

Samuel significa literalmente “do senhor o pedi” e aqui vai uma pergunta. Você já gerou alguém para Deus? Já? Não estou falando daquele evangelismo rápido e panfletário; muitas vezes feito mais por obrigação do que por prazer. Falo de este gerar com dores de parto de Ana, do apóstolo Paulo, de Elias ali no Monte Carmelo; de Jesus no Getsêmane vertendo gotas de sangue pelos poros do corpo. Você já gerou? Não? Por quê? Será que não o fez por ainda não sentir a necessidade do momento? Por não entender os tempos em que vivemos e a visão de Deus para estes nossos dias? Por não compreender que homens como Samuel precisam aparecer no cenário mundial? Que o mundo precisa conhecer o Salvador? Talvez a sua não seja nenhuma das respostas acima, mas o que é pior, a falta de amor ao próximo e ao próprio Deus.

Será que você poderia pensar em algum nome agora e depois dizer sinceramente: - “Do Senhor o pedi?”. Fomos chamados para gerar e isto implica em dor, angustia e lágrimas. Elias enquanto orava ali no Carmelo, abaixou-se e colocou o rosto entre os joelhos. Esta posição era a mesma em que as mulheres de seu tempo davam a luz.

Havia uma promessa: a de chover depois de três anos e meio de seca, mas Elias entendia que era preciso um contato aqui e agora para que esta promessa se realizasse. Da mesma forma, Deus tem prometido chuva para estes nossos dias. Precisamos de avivamento todos dizem em coro. Mas onde estão os Elias, as Anas, os Paulos, os Josés e as Marias, para gerar tal avivamento? Onde estão? Talvez você pense que eles virão dos Estados Unidos ou de alguma outra nação rica, mas eu te digo que não. Basta! Chegou a sua vez. É agora. Cinge os teus lombos, corra e suba até os Carmelos de Deus. Dobre-se! Ponha-se de joelhos, chore! E clame! Uma, duas, três... Sete vezes até que tal benção venha.

0 comentários:

Postar um comentário

Tab content 2 here
Tab content 2 here
Tab content 3 here
Tab content 3 here

AddThis

Bookmark and Share