sábado, 10 de abril de 2010

À CAMINHO DE EMAÚS, LONDRES, BEAGÁ OU CALCUTÁ


O caminho de Emaús foi um caminho de lágrimas; muitas lágrimas, pelo menos para aqueles dois discípulos cuja narrativa ficou gravada em Lucas 24:13.

Que decepção! Depois de terem suas esperanças renovadas, conhecido a verdade que liberta abrindo uma janela larga para o horizonte agora não mais sombrio e incerto, tudo cai por terra. Jesus morreu e com Ele as esperanças daqueles dois discípulos a caminho de Emaus.

Gosto de trazer essas histórias para o nosso contexto. Contextualizar é o grande barato desde que seja feito com equilíbrio e moderação. Certo? Pois é, a história acima tem tudo a ver com os nossos dias. Parece que foi escrita hoje. Encontramos Jesus depois de passarmos por um longo período de decepções e desventuras. Foi assim comigo, e com certeza também com você. Afinal, ninguém vem a Deus nos momentos de exuberância e prosperidade. Mas quando o infortúnio bate á nossa porta, e ele sempre vem, imediatamente nos lembramos de Deus e corremos para ele buscando abrigo e consolo. Ele nos limpa, perdoa, põe anéis em nossos dedos, veste-nos com trajes reais, faz uma festa com muita música e comida e nos mostra um novo Caminho. Tudo agora parece bem, cheirando a novo, colorido e cheio de futuro.

Um dia, porém você abre a janela, e percebe que o céu está nublado; que as nuvens densas e escuras prometem um tempo de tempestade. O problema é que não nos preparamos para isso, e a chuva torrencial nos pega no caminho seja ele de Emaus, Londres, Beagá ou Calcutá. O céu antes azul, as flores pelo caminho, os sorrisos, os abraços, as esperanças se vão. Tentamos fugir da chuva, nos abrigar em algum lugar seguro, pegar uma carona no guarda-chuva de alguém, mas todo esse esforço é vão. Procuramos por Deus, mas as lágrimas em nosso rosto nos impedem de vê-lo. Ele está ali; sempre esteve, mas a dor é muito intensa e nos força a fechar os olhos. Perdemos o rumo, a visão, as esperanças... perdemos tudo.

Tem muita gente no caminho de Emaús. Nesse percurso o nosso diálogo é quase um monólogo. Falamos de nós, do nosso infortúnio, das nossas dores, das feridas não curadas, dos atritos com esse ou aquele líder, das decepções conosco mesmos e assim vai. Durante esse trajeto perdemos a visão de Deus e da Sua obra. Ele continua fazendo através de seus servos, mas não conseguimos ver. Ele continua a falar, mas a Sua voz torna-se irreconhecível aos nossos ouvidos já tão cauterizados. Olhamos para o alto e o céu continua nublado.

Tem muita gente no caminho de Emaús ou de qualquer outro lugar. Emaús, diz a Bíblia, ficava a aproximadamente sete milhas de Jerusalém, o verdadeiro destino daqueles discípulos. Jerusalém é a cidade da bênção prometida de um derramar do Espírito Santo sobre os discípulos, sobre mim, sobre você, capacitando-nos a testemunharem por todo o mundo. O caminho de Emaús pode ser de tristezas, dúvidas e incertezas quanto ao futuro, contudo Jerusalém é a promessa de uma nova unção sobre a igreja. Ficai em Jerusalém até receber a sua bênção. CREIA. Ela está chegando!!!

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