segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Eles chegaram; e agora?


Observar e considerar a história sempre foi e será algo De grande utilidade para a humanidade. Principalmente se desejamos evitar os muitos erros cometidos por homens e instituições incluindo a igreja de Deus.


Nos primórdios da igreja primitiva houve um grande "mover" em direção á evangelização dos povos, e isso a tal ponto, que praticamente todo o mundo conhecido de então foi conquistado para Cristo pelos primeiros e obedientes cristãos.

O Império Romano, instrumento que aparentemente era do diabo, pois fazia forte oposição ao Cristianismo e à evangelização, tornou-se nas mãos de Deus, uma ferramenta útil para o avanço do Evangelho. As famosas estradas construídas pelos Romanos para acessar as diferentes e longínquas possessões do Império, as facilidade e rapidez na comunicação e troca de informações, tornaram-se instrumentos úteis na conquista dos povos para Deus e avanço do Cristianismo.

Contudo, os cristãos primitivos se recusaram ou demoraram em alcançar os povos ditos "Bárbaros", negando assim a eles o direito de ouvirem as Boas Novas. Como resultado, eles invadiram o poderoso Império Romano, tornando verdadeiro o ditado que diz: "Se Maomé não vai à montanha, a montanha vem até Maomé".

Essa semana ouvi notícias se não tão bombásticas, pelo menos dignas de serem consideradas. Pela primeira vez na história desse país, o número de imigrantes que têm cruzado as fronteiras para se aventurarem em terras cabralis tem crescido e muito. Alguns deles chegam com o propósito de encontrar melhores condições de trabalho do que os já oferecidos pelos mercados europeus e americanos, figurinhas carimbadas devido à grande crise mundial em que foram afetados. São profissionais liberais, empresários e intelectuais. Outros, como no caso recente onde pouco mais de uma centena de Haitianos, chegou sem ou com poucas malas, mas com uma grande esperança de receber do governo Dilma, "status" de refugiados e assim recomeçarem uma nova vida, sem as ameaças da cólera, dos terremotos e da miséria que tanto assolam aquele país. E a história não termina aqui; outros estão chegando, incluindo um grande número de Bolivianos, que ao cruzarem a fronteira com o Acre, trazem na bagagem a mesma palavra "esperança", ainda que numa língua diferente.

Bem, voltando ao inicio da nossa conversa pergunto: Qual a razão de tudo isso estar acontecendo? Não deveria continuar a ser como sempre foi? Digo, não foi sempre nós, brasileiros, que cruzamos as fronteiras desse ou daquele país buscando esperança. A grande maioria de nós não deixou tudo para trás correndo na desenfreada busca do vil metal? E a igreja? Por que demoramos tanto a entender o nosso papel de agente de mudança para um mundo em crise? Por que sempre preferimos ignorar a agir? Por que temos tanta dificuldade em entender que os nossos vizinhos são responsabilidade nossa?

A verdade é que como na parábola sobre a convocação dos trabalhadores para a vinha, prometemos que iríamos, mas não fomos. Fizemos promessas e até planejamos, mas não saímos do nosso lugar de conforto. E como a história se repete, eles vieram até nós. Eles chegaram; e agora?

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